Lidia Maria Possas

Lidia Maria Possas

Gender, Sexualities and Women's Studies; Universidade Estadual Paulista (UNESP), Brazil

Statement

Declaração de Visão Acadêmica diante do mundo atual.

Profª: Lidia M V Possas

Coloco-me diante do mundo, do sistema global vigente, como uma mulher branca, viúva, mãe e avó, acadêmica e feminista que observa com atenção as inúmeras circunstancias políticas, muitas vezes controversas que se movimentam entre um conservadorismo de direita com discursos elitistas que tentam bloquear e os discursos defendidos por novas demandas sociais. Essas forças vão assumindo as devidas condições de cidadã/ãos que exigem reconhecimento de direitos e maior representação civil, política e social. As esquerdas tradicionais com seus chavões de um mundo e de uma luta universal homogênea parecem ausentes e, de certa maneira, imobilizadas pela pluralidade de existências com outras bandeiras sociais e culturais.

Essas contradições emergem em vários países, principalmente latino americanos, onde a presença de práticas políticas de natureza elitista, xenófoba e nacionalista defendem a manutenção de um status quo que garante a concentração de renda e a minimização da atuação do Estado de Bem Estar Social.

As Universidades como espaço de Ensino, Pesquisa e de Produção do conhecimento se situam nesse contexto. Possuem um surto de expansão nos anos 70, quando a presença das mulheres em várias áreas cientificas, tanto em as humanidades como nas ciências exatas, se tornarom efetivas e, que nos dias atuais, assumem a liderança na luta pela equidade de gênero como intelectuais e cientistas. No Brasil, o ingresso delas nas universidades contribuiu substancialmente para a expansão do Ensino Superior, seja público como privado.

Aqui, permito-me ampliar meu foco para o sistema global, ao observar que a Universidade, instituições historicamente masculinas e heteronormativas, se encontra diante de uma encruzilhada: entender e assumir as rupturas necessárias para atender às mudanças emergenciais que se colocam com o advento das demandas e movimentos sociais, feministas, Negros e LGBTQI+, nesse novo milênio. Superar as metodologias vigentes, optar por análises “qualitativas” minimizando àquelas de cunho Quantitativo/Estadístico que detiveram hegemonia em todos os sentidos.

Tenho participado de congressos, seminários, encontros acadêmicos nacionais e Internacionais com temáticas contemporâneas, inspiradoras de mudanças e preocupados com a análise de situações que propiciem a inclusão. A LASA, com uma história de mais de 50 anos, possui experiências/expertise sendo uma das referência que pode atualizar, acompanhar e colaborar frente às transformações de mundo que necessitamos com urgência.

Nesse sentido, como membro efetivo e presente nas reuniões das Seções, nos eventos, atualizo minha participação nesse processo eleitoral com algumas propostas para a instituição, a qual prima por possuir um discurso de efetiva representatividade de sua comunidade, de inclusão e respeito de toda forma de diversidade: a) atentar à questão da diversidade, ampliando a participação de todas, todos e todes pesquisadores que tenham interesse em ter acesso, adequando as contribuições e taxas de acordo com suas possibilidades econômico-financeiras, tanto para estudantes com o docentes; b) incentivar novos membros para que a Associação garanta às novas gerações o seu ingresso e contribuições efetivas de parcerias, inclusivé acadêmicas; c) manter colaboração com instituições acadêmicas, governamentais e, principalmente, com os movimentos populares locais, de ativistas e artistas dos povos latinoamericanos com a culturalização das suas ações; d) repensar o sistema de Proposta Trimestral e Mensal com maior agilidade para os membros, garantindo a interseccionalidade de classe, de gênero, de raça, de etnias e a transparência fiscal nos processos financeiros. Outros aspectos relevantes deverão ser tratados coletivamente.

En español

Declaración de Visión Académica ante el mundo actual.

Profesora: Lidia MV Possas

Me coloco ante el mundo, el sistema global actual, como una mujer blanca, viuda, madre y abuela, académica y feminista que observa atentamente las innumerables circunstancias políticas, a menudo controvertidas, que se mueven entre el conservadurismo de derecha y los discursos elitistas que intentan bloquear los discursos defendidos por las nuevas demandas sociales. Estas fuerzas asumen las condiciones apropiadas de ciudadanía que exigen el reconocimiento de derechos y una mayor representación civil, política y social. La izquierda tradicional con sus tópicos sobre un mundo único y una lucha universal homogénea parecen ausentes y, en cierto modo, inmovilizadas por la pluralidad de existencias con otras banderas sociales y culturales.

Estas contradicciones emergen en varios países, principalmente de América Latina, donde la presencia de prácticas políticas de carácter elitista, xenófobo y nacionalista defienden el mantenimiento de un status quo que garantice la concentración del ingreso y la minimización del papel del Estado de Bienestar.

En este contexto se ubican las universidades como espacio de Docencia, Investigación y Producción de Conocimiento. Tuvieron un impulso de expansión en la década de 1970, cuando se hizo efectiva la presencia de las mujeres en diversas áreas científicas, tanto en las humanidades como en las ciencias exactas y, hoy en día, toman la delantera en la lucha por la igualdad de género como intelectuales y científicas. En Brasil, su ingreso a las universidades contribuyó sustancialmente a la expansión de la Educación Superior, tanto pública como privada.

Aquí me permito ampliar mi enfoque al sistema global, observando que la Universidad, instituciones históricamente masculinas y heteronormativas, se encuentra ante una encrucijada: comprender y asumir las rupturas necesarias para afrontar los cambios de emergencia que surgen con el advenimiento de la sociedad. Demandas y movimientos feministas, negros y LGBTQI+ en este nuevo milenio. Superando las metodologías actuales, optando por análisis “cualitativos,” minimizando aquellos de carácter Cuantitativo/Estadístico que ostentaban hegemonía en todos los sentidos.

He participado en congresos, seminarios, encuentros académicos nacionales e internacionales con temáticas contemporáneas, inspiradoras del cambio y preocupadas por el análisis de situaciones que promueven la inclusión. LASA, con una trayectoria de más de 50 años, tiene experiencia y es uno de los referentes que puede actualizarse, acompañar y colaborar ante las transformaciones del mundo que necesitamos con urgencia.

En este sentido, como miembro efectivo y presente en reuniones y eventos de la Sección, actualizo mi participación en este proceso electoral con algunas propuestas para la institución, que se destaca por tener un discurso de representación efectiva de su comunidad, inclusión y respeto en todos formas de diversidad: a) prestar atención al tema de la diversidad, ampliando la participación de todos los investigadores que estén interesados en tener acceso, adaptando los aportes y tarifas de acuerdo a sus posibilidades económicas y financieras, tanto para estudiantes como para docentes; b) incentivar nuevos miembros para que la Asociación garantice a las nuevas generaciones su ingreso y aportes efectivos desde las alianzas, incluidas las académicas; c) mantener la colaboración con instituciones académicas y gubernamentales y, principalmente, con movimientos populares locales, activistas y artistas de los pueblos latinoamericanos con la culturalización de sus acciones; d) repensar el sistema de Propuestas Trimestrales y Mensuales con mayor agilidad para los afiliados, asegurando la interseccionalidad de clase, género, raza, etnia y transparencia fiscal en los procesos financieros. Otros aspectos relevantes deben abordarse colectivamente.

In English

Academic Vision Statement in the face of today's world.

Prof. Lidia M V Possas

I place myself before the world, the current global system, as a white woman, widow, mother, and grandmother, academic and feminist who carefully observes the countless political circumstances, often controversial, that move between right-wing conservatism and elitist discourses that try to block the speeches defended by new social demands. These forces assume the appropriate conditions of citizenship that demand recognition of citizen’s rights and greater civil, political and social representation. The traditional left with their platitudes about one world and a homogeneous universal struggle seems absent and, in a certain way, immobilized by the plurality of existences with other social and cultural flags.

These contradictions emerge in several countries, mainly in Latin America, where the presence of political practices of an elitist, xenophobic and nationalist nature defend the maintenance of a status quo that guarantees the concentration of income and the minimization of the role of the Welfare State.

Universities as spaces for Teaching/Learning, Research, and Knowledge Production are located in this context. They had a burst of expansion in the 1970s, when the presence of women in various scientific areas, both in the humanities and in the exact sciences, became effective and, nowadays, they take the lead in the fight for gender equality as intellectuals and scientists. In Brazil, their entry into universities contributed substantially to the expansion of Higher Education, both public and private.

Here, I allow myself to broaden my focus to the global system, by observing that the University, in essence historically masculine and heteronormative institutions, finds itself now facing a crossroads: understanding and assuming the necessary ruptures to meet the emergency changes that arise with the advent of social, feminist, Black and LGBTQI+ demands and movements in this new millennium. Overcoming current methodologies, opting for “qualitative” analyzes, and minimizing those of a Quantitative/Statistical nature that held hegemony in every sense.

I have participated in congresses, seminars, national and international academic meetings with contemporary themes that inspiring change and focused on the analysis of situations that promote inclusion. LASA, with a history of more than 50 years, has experience/expertise and is one of the references that can update, monitor, and collaborate in the face of the transformations in the world that we urgently need.

In this sense, as an effective member and present at Section meetings and events, I update my participation in this electoral process with some proposals for the institution, which stands out for having a discourse of effective representation of its community, inclusion, and respect in all forms of diversity: a) paying attention to the issue of diversity, expanding the participation of all researchers who are interested in having access, adapting contributions and fees according to their economic and financial possibilities, both for students and teachers; b) encouraging new members so that the Association guarantees new generations’ entry and effective contributions forming partnerships, including academic ones; c) maintaining collaboration with academic and government institutions and, mainly, with local popular movements, activists and artists of Latin American peoples by the culturalization of LASA’s actions; d) rethinking the Quarterly and Monthly Proposal system with greater agility for members, ensuring the intersectionality of class, gender, race, ethnicities, as well as fiscal transparency in financial processes. Other relevant aspects must be addressed collectively.